Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy? Saiba a Verdade!
Uma notícia abalou o mercado de criptomoedas nesta semana, levantando a questão: Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy? Em um dia de forte baixa, essa especulação, aliás, gerou um intenso debate, com críticos prognosticando o fim da empresa. Muitos acreditam que a queda do preço do Bitcoin abaixo do preço médio de aquisição levará a chamadas de margem, forçando a liquidação de ativos para pagar dívidas.
No entanto, a realidade financeira da Strategy é muito mais complexa e resiliente. A ideia de que a empresa está à beira da quebra ignora a estrutura de sua dívida e as inovações que Michael Saylor implementou. Longe de ser o fim, a situação atual é, na verdade, uma prova de fogo para uma estratégia de tesouraria projetada para o longo prazo.
Este artigo oferece uma análise aprofundada da situação financeira da Strategy. Vamos desvendar os tipos de dívida que a empresa emitiu, explicar por que não há risco de chamada de margem e, além disso, detalhar a recente mudança de comunicação. Essa mudança confirmou o que analistas já sabiam: a venda de Bitcoins é uma ferramenta de gestão de caixa.
O Contexto do Mercado: Queda do Bitcoin e da Ação da Strategy
Para entender a situação, é crucial contextualizar o momento do mercado. O preço do Bitcoin iniciou dezembro com uma venda acelerada, caindo cerca de 6% e sendo negociado abaixo da marca de 85.000 dólares. Essa queda parece ser mais restrita ao universo cripto, já que outros mercados não seguiram o mesmo movimento.
A ação da Strategy (MSTR), por sua vez, sofreu um impacto ainda mais desproporcional. Enquanto o Bitcoin caiu aproximadamente 12% em um ano, a MSTR despencou quase 57% desde seu topo. É essa queda que alimenta os críticos e gera a dúvida se Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy?
Por Que a Strategy Não Corre Risco de Chamada de Margem Iminente
A preocupação com uma “chamada de margem” fatal na Strategy é um equívoco. Uma investigação detalhada da estrutura financeira da empresa revela que os instrumentos que Michael Saylor utilizou são, em sua maioria, de longo prazo. Eles também não possuem as cláusulas de chamada de margem típicas de empréstimos de curto prazo.
A maior parte da alavancagem da Strategy vem de dívidas conversíveis, que a empresa emitiu principalmente em 2024, somando cerca de 8,2 bilhões de dólares. Essas dívidas têm vencimentos que se estendem até 2032. Para forçar a empresa a uma liquidação, seria necessário, de fato, um cenário extremamente pessimista, com o preço do Bitcoin permanecendo muito baixo por, no mínimo, cinco anos.
Análise das Ações Preferenciais Perpétuas Emitidas por Michael Saylor
Desde o início de 2025, Michael Saylor inovou em sua estratégia de captação, passando a emitir ações preferenciais perpétuas. Esses instrumentos, que já somam 7,8 bilhões de dólares, funcionam como uma espécie de dívida, pois pagam um cupom. No entanto, sua grande vantagem é que elas não têm data de vencimento, sendo “perpétuas”.
A empresa emitiu quatro principais instrumentos deste tipo, cada um com características diferentes:
- STRK (Strike): Paga um dividendo de 8% ao ano e é conversível em ações ordinárias.
- STRF (Strife): Paga um cupom de 10% ao ano, mas não é conversível.
- STRD (Stride): Similar à Strife, com cupom de 10%, mas com dividendos não-cumulativos.
- STRC (Stretch): A mais inovadora, projetada para pagar um dividendo mensal.
Essa estratégia permitiu à Strategy continuar sua missão de aumentar a quantidade de Bitcoins por ação. Contudo, ela também introduziu um novo desafio: a necessidade de gerar caixa para pagar cerca de 800 milhões de dólares anuais em dividendos.
A Compressão de Múltiplos e o Dilema do Financiamento
A estratégia da Strategy de emitir ações para financiar a compra de Bitcoin depende de um fator crucial: o múltiplo sobre o valor líquido dos ativos (MNEV). Quando a empresa negocia com um prêmio significativo, emitir novas ações é “acretivo”, ou seja, aumenta a quantidade de Bitcoins por ação.
No entanto, nos últimos meses, o mercado tem comprimido severamente os múltiplos de todas as empresas de tesouraria de Bitcoin. O MNEV da Strategy, que chegou a quase 4, agora se aproxima de 1.13. Emitir ações com um prêmio tão baixo é dilutivo. Isso, consequentemente, criou um dilema: como a empresa pagaria os dividendos se o mercado não estivesse favorável?
A Confirmação da Obviedade: Michael Saylor Venderá Bitcoins da Strategy?
A resposta para esse dilema, que para qualquer analista financeiro era óbvia, veio em duas etapas. Primeiro, o CEO da Strategy, Fong Le, confirmou que a empresa poderia, sim, ter que vender Bitcoins para pagar os dividendos. Em seguida, a empresa fez um anúncio oficial que solidificou essa possibilidade.
A Strategy anunciou que emitiu novas ações para levantar 1,48 bilhão de dólares. Com esses fundos, aliás, comprou mais 130 Bitcoins, atingindo um total de 650.000 BTC. A empresa usou o restante, 1,44 bilhão de dólares, para constituir uma reserva destinada a cobrir os pagamentos de dividendos pelos próximos 21 meses.
Em sua apresentação, a empresa detalhou a nova política: manter pelo menos 12 meses de pagamentos em reserva. E, crucialmente, apresentou um slide mostrando que, em cenários onde o MNEV está baixo, as opções para levantar caixa incluem vender Bitcoin. A resposta à pergunta “Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy?” é, portanto, um “sim” condicional.
A “Quebra da Promessa” de Michael Saylor e a Reação do Mercado
Por que o mercado recebeu negativamente essa confirmação, que é uma prática de gestão sensata? A resposta está na narrativa. Afinal, por muito tempo, Michael Saylor promoveu a ideia de que “Bitcoin não se vende”, criando a percepção de que a Strategy jamais liquidaria seus ativos. Assim, a possibilidade de que Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy? chocou muitos investidores.
Essa mensagem, embora poderosa para inspirar convicção (hodl), se mostrou talvez equivocada do ponto de vista da gestão de uma empresa pública. O anúncio recente, embora prudente, pareceu para alguns uma “quebra de promessa”, manchando a credibilidade de Saylor e gerando incerteza.
O problema não é a estratégia em si — na verdade, alavancar-se para comprar um ativo e, se necessário, vender uma pequena parte para pagar a dívida é um bom negócio. O problema foi a dissonância entre a comunicação passada e a realidade presente. A empresa talvez devesse ter sido mais transparente desde o início sobre a possibilidade de que Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy?.
Conclusão: Resiliência em Meio à Turbulência
A Strategy não está à beira do colapso. A empresa possui uma estrutura de capital robusta e agora uma reserva de caixa substancial. A possibilidade de vender Bitcoin não é um sinal de fracasso, mas sim de gestão financeira prudente. O cenário que forçaria uma liquidação massiva exigiria uma queda do Bitcoin para cerca de 10.000 dólares por anos — uma hipótese, felizmente, extremamente improvável.
A lição para os investidores é a importância de olhar além das narrativas e analisar os fundamentos. A estratégia da Strategy continua de pé, mas precisa navegar pelas realidades de um mercado cíclico. A recente queda no preço da ação e a dúvida sobre se Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy? refletem a incerteza do inverno cripto, além de uma crise de comunicação.
A grande questão para o investidor agora é se a Strategy, e outras empresas de tesouraria de Bitcoin, merecem negociar com um prêmio. Em um mercado que amadurece, a resposta dependerá cada vez mais da qualidade da gestão e da transparência. Portanto, saber que, sim, Michael Saylor venderá Bitcoins da Strategy? se necessário é apenas parte dessa nova realidade.
Fontes de referência:
- Why Strategy (MSTR) Stock Is Trading Lower Today
- Strategy’s stock shows why it’s a trade, and not an investment
- Strategy stock rises as CEO downplays potential MSCI index removal
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